Filmes e séries

Critica: Elementos (Elemental) – Uma animação sobre imigrantes!

Gente, quem conhece alguém que se mudou para outro pais deixando tudo para trás levanta a mão! 

Elemental é um romance inter-racial ambientado em um fantástico mundo urbano onde seres feitos de água, terra, ar e fogo vivem lado a lado. Porém o povo do fogo, por terem chego depois, e terem hábitos diferentes vivem em uma comunidade separada. 

Para deixar claro que eles não devem se misturar com outros grupos, Elemental os apresenta como um “perigo” para os outros povos, alem das outras diferenças como: A comida picante, o inglês mais acentuado, e a escrita diferenciada. O filme tenta trabalhar com essa dificuldade do povo do fogo em se integrar com os outros elementos

Elemental é o segundo longa-metragem de Peter Sohn e o filme é promissor porem raso.

 Embora Sohn tenha dito que Elemental foi inspirado por seus pais, o diretor cresceu na cidade multicultural de Nova York (mil desculpas, mas ele não teve que passar pelo que os pais dele passaram) e a falta de consideração mais profunda que seu filme tem, tanto com a cultura asiática quanto com os outros grupos de imigrantes faz com que tudo fique muito superficial e cliche. 

Os Lumens, por exemplo, administram um mercado que vende alimentos de fogo, são definidos por sua “super” competência, e também por sua dificuldade em expressar sentimentos. Ember tem explosões de raiva (literalmente) pelo fato de não querer assumir a loja de seu pai.  

Wade Ripple, o “aguado” inspetor municipal que se torna o interesse amoroso, é tão aberto com seus sentimentos que sua família realiza competições de choro. Sua mãe, Brook, identifica e instantaneamente reconhece os dons de fabricação de vidro de Ember, um talento que seus próprios pais mal registram.

Escrito por John Hoberg, Kat Likkel e Brenda Hsueh, o filme claramente tem boas intenções, mesmo que acabe caindo em estereótipos sobre isolamento minoritário, rigor e expectativas familiares. 

O filme não trabalha com os problemas que ele apresenta, fazendo as preocupações do mundo real que usa como pontos de referência se tornarem genéricas, criando uma metáfora para as divisões raciais sem explorar o que as causa. 

Ember e sua comunidade ficam em Fire Town porque o resto da cidade não foi projetado para eles e, pelo que vimos, eles não são bem-vindos lá. No entanto, a solução que o filme oferece é que Ember simplesmente precisa superar seus medos, e diferenças com o poder do de uma relacionamento ( o poder do amor) . 

Wade, que tem a personalidade ansiosa e descomplicada de um golden retriever, se apaixona por Ember rapidamente, e é basicamente isso, ele é apenas o interesse amoroso que salva a donzela e mostra um novo mundo a ela.

2.5/5